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O que é o feminismo?

O feminismo defende a igualdade legal, política e social entre homens e mulheres.

Essa igualdade deve ocorrer na área de direitos e oportunidades, incluindo direitos políticos, liberdades civis, direito à educação, direitos reprodutivos (o mais controverso deles é o direito ao aborto), direitos trabalhistas, igualdade salarial e divisão de trabalho.

Além de seguir pautas propositivas, o feminismo também atua como contraponto.

Lutando contra diversas formas de opressão que se manifestam cultural e socialmente.

Como assédio moral, psicológico, físico, violência física e sexual, bem como a imposição de padrões de beleza e comportamento.

Elementos do feminismo

A opressão das mulheres é estrutural e atinge a todos, mas é permeada por outros fatores estruturantes como etnia, classe social, escolaridade, renda, idade e muito mais.

Assim, as demandas das mulheres brancas de classe média alta diferem daquelas de, digamos, mulheres de classe média ou trabalhadoras negras.

Se as mulheres de classe média reivindicavam o direito de trabalhar fora de casa, os trabalhadores já o faziam em condições precárias e queriam melhores salários.

Enquanto os ricos buscavam o direito à propriedade em nome próprio.

Portanto, cada classe tem seus próprios requisitos.

Além disso, diferentes ideias políticas também implicam diferentes visões de mundo e, portanto, diferentes reivindicações.

Feminismo liberal

O primeiro tipo de feminismo tem a perspectiva de promover a igualdade entre homens e mulheres por meios institucionais, inserindo as mulheres nas estruturas sem destruí-las.

O movimento sufragista é o melhor exemplo dessa tendência.

Concentra-se no indivíduo e busca garantir suas escolhas, que dependem de garantias jurídicas que só são possíveis por meio da participação política nas câmaras judiciais.

Feminismo marxista ou socialista

Apareceu na crítica ao feminismo liberal.

Essa corrente inclui na equação da luta feminista desigualdades sociais que nem sempre são resolvidas pela igualdade jurídica.

Parte-se da premissa de que a opressão das mulheres não é causada apenas pelo machismo, mas também pelo capitalismo.

As diretrizes desse aspecto vão desde o direito ao trabalho, a redistribuição sexual do trabalho, incluindo o trabalho doméstico e reprodutivo, até a socialização dos meios de produção.

Feminismo negro

Abordando a dupla opressão de gênero e raça sofrida pelas mulheres negras.

Assim, a questão racial também vem à tona.

Um grande legado do feminismo negro no mundo é a ativista Angela Davis (1944 – presente), que em 1981 publicou o livro “Mulheres, Raça e Classe”, uma análise histórica do feminismo à luz desses importantes fatores.

No Brasil, a antropóloga Lélia Gonzalez (1935-1994), embora pouco conhecida, é uma das principais figuras do feminismo negro, tanto na escrita quanto na participação em movimentos e coletivos.

Feminismo interseccional

Está em sua gênese a oposição ao feminismo branco.

Parte-se da premissa de que a intersecção de outros fatores de opressão de gênero gera violências específicas que devem ser levadas em consideração na formulação da reivindicação.

O feminismo indígena, o feminismo lésbico e o transfeminismo são exemplos de feminismos interseccionais.

Feminismo radical

Prega a abolição da ideia de gênero.

Para os defensores desse aspecto, o próprio conceito de gênero carrega as injustiças estruturais associadas ao ser mulher.

Desde tenra idade, as meninas são ensinadas a se vestir, a falar, a que profissões devem aspirar, que jogos podem jogar.

Assim, a socialização de gênero tem todos os preconceitos, limitações e opressões que são impostas estruturalmente a cada gênero.

A solução seria, então, abolir essa construção social para que a genitália seja apenas mais um órgão fisiológico que não determina as escolhas comportamentais.

Como sei que sou feminista?

O feminismo é um movimento pluralista e busca atender a todos em suas singularidades, interesses e necessidades.

O maior e mais importante desafio do movimento atual é incluir todas essas dimensões da luta pela justiça social para torná-la verdadeiramente inclusiva.

Apesar disso, é possível pensar em características básicas para reconhecer uma feminista.

Veja abaixo como são:

Igualdade entre homens e mulheres

A principal característica que torna uma pessoa feminista é a defesa da igualdade entre homens e mulheres em todas as esferas da vida, seja econômica, cultural ou política.

Na esfera econômica, é defendido a redistribuição igualitária dos recursos materiais da sociedade e a redistribuição das tarefas domésticas e de cuidado.

Ser feminista na política significa defender formas igualitárias de representação no espaço de poder.

Na esfera cultural, valorização igualitária dos papéis de gênero associados a homens e mulheres.

Mais do que isso, reconhecer outras formas de expressão de gênero que não cabem em binarismos, ir além da ideia de que existem ‘coisas de menino’ e ‘coisas de menina’.

Entendendo que as mulheres são seres humanos complexos

Todos têm desejos, paixões, raivas, qualidades, defeitos, inclusive as mulheres.

Nem tudo que uma mulher faz gira em torno de um homem, nem todas as mulheres pensam igual, agem igual.

Cada um de nós é um ser humano complexo como os homens.

Não há natureza interior para nós.

Perceber que as mulheres são sujeitos de direitos

Assim como todo ser humano, as mulheres também têm seus direitos.

Eles são essenciais na sociedade e devem ser reconhecidos e respeitados.

Atualmente, muitos deles estão ameaçados de extinção.

Apesar disso, elegemos deputadas feministas para atuar no Congresso Nacional para evitar retrocessos em relação aos direitos conquistados.

Admite que as mulheres sofrem discriminação com base no gênero

Ser feminista é também reconhecer as várias formas de opressão pelas quais passa o grupo de ‘mulheres’, como o racismo, as desigualdades de classe e a heterossexualidade compulsória.

Anos de opressão, machismo e patriarcado sobre as mulheres não levam à igualdade de gênero quando o status quo é ameaçado.

As mulheres ainda são desencorajadas a permanecer no mercado de trabalho e na política.

Ganham menos para desempenhar os mesmos papéis masculinos e são sobrecarregadas com atividades domésticas de gênero.

Leis como o feminicídio as protegem e são mais do que necessárias.

Em 2021, 1.341 mulheres foram assassinadas, 2.028 delas foram tentativas, segundo dados do Anuário de Segurança Pública 2022 do Brasil.

Acreditar que as mulheres são capazes

É preciso força para ir além das expectativas e dos papéis sociais que a sociedade impõe.

E toda mulher tem, basta abraçar e acreditar que pode “ousar ser você mesma.

Apoie a luta e junte-se a ela

Reunir todos é necessário para que o feminismo construa um mundo mais saudável e igualitário para homens e mulheres.

No entanto, elas têm um papel vital nessa mudança, ou seja, “contribuir para a promoção dos direitos das mulheres, para se engajar na luta organizada, para apoiar nossas meninas e mulheres, para mudar a nós mesmos e nossa sociedade.

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